terça-feira, 9 de outubro de 2012

Quando vi Elvis cantando

Um show de uma pessoa que já morreu é algo difícil de ser concebido. E de um morto há 35 anos, então, como proceder? Eu era uma das milhares de pessoas no Ginásio do Ibirapuera prontas para ver um dos quatro espetáculos de Elvis em São Paulo. "Elvis". Elvis já morreu, mas, ali, naquele palco, ontem à noite, parecia mais vivo do que nunca.

Mérito de sua banda, ou dos membros que sobraram. O tempo, afinal, passa para todos. Mas estavam lá alguns nomes fortes, como James Burton, The Imperials, Sweet Inspirations e o Steven Spielberg baterista - aka Robson Crusoé lá nos anos 70. Vou falar uma coisa para vocês: nunca um grupo de senhores me conquistou tanto quanto esse. Todos com uma energia de quem está fazendo algo por puro amor. Coisa linda de se ver. Saí de lá encantada por todos e triste porque, provavelmente, nunca mais tereia chance de vê-los em ação de novo.

Mérito da orquestra (OSESP?). Especialmente em An American Trilogy, uma das minhas músicas preferidas e que tem o instrumental mais foda que já vi. O flautista brasileiro não deixou nada a dever em seu solo, assim como a violinista em My Way. Tudo lindo, lindo, lindo.

Mérito da Elvis Enterprises e da 2Share, que produziram um show desses. O telão, o som, tudo faz crer que Elvis está ali, mesmo. A edição dos vídeos é surpreendente, com o cantor ~interagindo~ com a plateia o tempo todo. É um espetáculo.

Mérito, acima de tudo, de Elvis, que deixou um legado desses. Juntar gerações em torno de uma figura morta há 35 anos não é para qualquer um. Ninguém conseguiria explorar sua imagem tão bem se não houvesse nada para ser explorada. Minha mãe se emocionou com o show. Eu me emocionei. Minha irmã se emocionou. Foi uma coisa linda ver a plateia cantando Bridge Over Troubled Water, foi arrepiante ouvir Elvis cantando My Way ou os Imperials o acompanhando em How Great Thou Art.

Não importa o quanto eu escreva, nada vai descrever com exatidão o que foi a noite de segunda-feira naquele ginásio. O mais próximo que cheguei a isso foi, em um tweet, me localizar em uma ElvisWeek fora de época. Era amor, felicidade, emoção. Tudo junto para poder assistir a um verdadeiro espetáculo.

A única bola fora: o Uol decidiu divulgar um app convidando Cássio Reis para subir ao palco. Recebeu vaia, fiquei até com dó. Mas, que me perdoem as fãs dele, ninguém estava lá para ver o cara. Total #fail.

Um comentário:

Anônimo disse...

MINHA QUERIDA AMANDA ROLDAN ( ME PERMITA CHAMA-LA ASSIM ): É MUTA EMOÇÃO PARA MIM LER ESSA SUA INCOMPARÁVEL MATÉRIA SOBRE O GRANDE MR. ELVIS AARON PRESLEY. NUM BRASIL JUDIADO POR "COISAS" TAIS QUAIS michel teló, tiaguinho, latino E OUTROS PSEUDOS ARTISTAS VEM VOCE COM ESSA FABULOSA MATÉRIA A ME SENTIR AINDA MAIS FÃ DESSE GRANDE ELVIS PRESLEY. AMANDA, POR VOLTA DE 1975 EU ESTAVA EM SÃO PAULO NA CASA DE UMA FAMÍLIA NEGRA E ACHEI LÁ UM LP DE ELVIS : ELVIS RECORDED LIVE AT MADISON SQUARE GARDEN - JUNE 10, 1972. ME PERDOE SE O TÍTULO DA OBRA ESTIVER INCORRETO MAS FOI JUSTAMENTE ESSE DISCO QUE OUVÍ, DEPOIS ME TORNEI FÃ DESSE GÊNIO ! MEU CONSOLO É QUE TENHO O MESMO CABELO DELE (RS RS RS)...ATÉ GANHEI UM CONCURSO DE FANTASIA VESTIDINDO AQUELA ROUPA TODA ENFEITADA DOS ANOS 70. TENHO VÁRIAS GRAVAÇÕES DELE...INCLUSIVE VIVO "FUÇANDO" NA INTERNET PROCURANDO SHOWS, MÚSICAS, VÍDEOS, FOTOS E OUTRAS COISAS DO REI DO ROCK. AMANDA, SE VOCE QUISER LHE ENVIO UM DVD DESTE SHOW QUE VOCE ASSISTIU NO GINÁSIO DO IBIRAPUERA...NÃO É O MESMO PORÉM SE TRATA DO MESMO ESPETÁCULO...BEM GRAVADO.SOU MARCILIO ELVIS - SOROCABA-SP - marcilioelvis@yahoo.com.br. UM GRANDE ABRAÇO E QUE DEUS TE ILUMINE E A TODOS QUE CONVIVEM CONTIGO. TCHAU !!