quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Uma crônica sobre presunto

Eu tinha uma amiga que uma vez chegou com uma teoria sobre os porcos. Eu não lembro do blábláblá todo, mas tinha alguma coisa a ver com Atlântida e porcos serem mutações genéticas de seres humanos. Ou seres humanos serem mutações genéticas de porcos. Algo assim.

Essa amiga tinha um amigo que comprovou "cientificamente" o fato (sim, a história fica melhor). Ele "descobriu" que carne humana e carne de porco, vejam só!, têm o mesmo sabor! Óbvio que poderíamos passar horas formulando perguntas sobre isso, por exemplo: como ele concluiu isso? Ele é uma versão brasileira do Sweeney Todd? Amanda, por que você convive com essas pessoas?

Mas vamos focar nos porcos.

O que importa é que, depois de toda essa magnífica história, essa amiga terminou concluindo que presunto tinha um gosto ruim. Fim da história.

Passaram-se anos e anos e anos. Até que, alguns meses atrás, essa pessoa que vos escreve estava inocentemente cozinhando alguma coisa, fazendo um sanduíche, enfim, derramando seu inacreditável talento culinário na cozinha. A receita envolvia presunto. E eu, mais inocentemente ainda, peguei um fatia e pus na boca (#Nigellafeelings). Eis que uma sirene começa a tocar no meu cérebro: "presunto tem gosto ruim, presunto tem gosto ruim, presunto tem gosto ruim". E assim foi até que eu cuspisse toda a carne e ficasse ali, parada, pensando que, pela primeira vez, eu havia realmente sentido o gosto do presunto e, caramba!, aquilo era muito ruim.

E essa volta toda foi só pra falar que, desde então, quando eu abro a geladeira para fazer um sanduíche, eu pego o queijo e deixo o presunto de lado.

(Aqui está o único texto que achei sobre a tal teoria, um oferecimento do Deus Google)

Nenhum comentário: