quinta-feira, 27 de maio de 2010

Dakar e América do Sul: um caso de amor



Quando o Dakar foi cancelado, naquele fatídico começo de 2008, algumas dúvidas surgiram: era o fim do maior rally do mundo? A organização continuaria fazendo a prova na África? Ou haveria outro lugar que pudesse sediar um rally tão difícil quando aqueles no Saara?

A resposta veio com o Dakar na Argentina e no Chile. Poucos (ou ninguém) podiam prever as dificuldades do Atacama e das dunas de Fiambalá. A fórmula foi tão certo que o rally do ano que vem está confirmadíssimo por essas bandas! E foi para falar sobre o Dakar de 2011 que o Gregory Murac, diretor de relações exteriores do rally, veio para o Brasil ontem.

A inclusão do Brasil no calendário de coletivas de imprensa da prova mostra duas coisas: 1. o Brasil está se mostrando um mercado apetitoso para os organizadores e 2.o Dakar está querendo se internacionalizar cada vez mais.

(E agora lembrei do livro que estou lendo, "O Mundo é Plano". Pensa que o Dakar é uma de origem francesa que acontece na América do Sul e junta competidores, organizadores e imprensa do mundo inteiro!)

Mas, sendo assim, não está na hora do rally passar pelo Brasil? A bandeira foi levantada já em 2009, mas, segundo Murac, ainda não existe previsão para que isso aconteça. Por quê? Ora, só a largada promocional reuniu 800 mil pessoas. Ao longo da prova foram mais de quatro milhões assistindo aos veículos passarem. É uma paixão que, segundo Guilherme Spinelli, só é compatível com finlandeses e portugueses! Pra que trazer o rally para cá? Além do mais, não temos terrenos tão desertos como os encontrados no Chile. Não compensa, e acho que o Dakar não passa por aqui. Never.

E ainda existe a sombra africana. André Azevedo já confessou que sente uma saudadezinha do Saara e, por mais que o cancelamento do Dakar por conta do terrorismo ainda esteja fresco na mente dos competidores (não é, Zé Hélio!), enfrentar as dunas da África ainda é um objetivo de muitos. Quando vai voltar? Muito em breve, acredito. E acho que a organização já vem estudando essa possibilidade.

Quanto à coletiva propriamente dita, nada de mais. Encontro entre os ralizeiros é sempre gostoso, ainda mais quando você está entrevistando essas pessoas pela primeira vez. Sim! Depois de anos participando desse meio, pela primeira vez entrevistei Klever Kolberg, André Azevedo, Zé Hélio, Guilherme Spinelli, Dimas Mattos e Rodrigo Konig! Rendeu boas risadas! Quando a matéria estiver prontinha, mostro aqui.

Enfim, foi dada a largada. O 2011 está mais perto do que se imagina, e os brasucas precisam correr para ter tudo pronto até janeiro!

(Uau! Posso terminar o VT com essa frase?)

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