sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Pequeno texto sobre despreparo

A médica chama os pacientes na recepção do hospital, coloca-os enfileirados na parede, pergunta sintomas de cada um e passa um raio-x. Cena de E.R.? Não. Esse cenário se passa em um dos hospitais mais tradicionais da cidade de São Paulo, o São Luiz, unidade localizada na zona nobre do Morumbi.

A primeira comparação que se faz é com o sistema público de saúde, o que por si só é uma coisa vergonhosa, já que a saúde pública não deveria ser referência em mau atendimento. Mas, enfim, é o que o atendimento do São Luiz está parecendo.

O critério de seleção para quem tem prioridade no atendimento é vago e duvidoso, mulheres grávidas e pessoas idosas. E, por isso, o garoto de 18 anos que está com febre alta há três dias fica horas esperando ser atendido.

Horas? Sim, horas. Uma, duas, três, quatro, cinco, seis. O tempo no hospital é ilimitado. Enquanto isso, pessoas com a famosa gripe A entram em contato com pessoas com pneumonia. Excelente, tudo que uma pessoas doente precisa é entrar em contato com outro vírus/bactéria!

Mas o São Luiz é apenas uma amostra do que está acontecendo por aí. O Einstein não fica atrás. E a Beneficência Portuguesa, dizem, chegou a fechar as portas.

Que a saúde pública seja uma porcaria, não entende-se, mas, no fim, aceita-se _em termos. Mas o sistema privado, na teoria o melhor, mais tchan, estar desorganizado e despreparado desse jeito é bem difícil de engolir.

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