sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O Rio de Janeiro continua lindo

Galera, estou indo passar alguns dias na minha cidade. A todos vocês que acompanharam o Pitacos durante o ano, feliz 2009. E também a quem não acompanhou, ou a quem caiu de para-quedas aqui! (mas só se voltar a visitar o blog! hahaha)

Volto no dia 3 de janeiro, prontinha para o Dakar!

Beijos!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Bons Natais

Eu podia desejar um Natal cheio de luz, com muito amor, muita saúde. Podia desejar que o espírito de solidariedade, de carinho, aquele espírito típico de Natal reinasse no dia de hoje.

Mas, não. Desejo que o espírito de Natal, que o carinho, que o amor, que a saúde, que a solidariedade, que o encontro com a família, que tudo que aparece nesse dia tão especial, se multiplique em todos os outros dias do ano - como os discursos tão comuns nessa época, mas nunca colocado em prática.

Para vocês, então, felizes 365 Natais.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Luz e lama

Não havia internet, água quente, Friends, microondas. Não havia luz. Também, pudera: choveu até dentro de casa.

O jeito foi se virar com água gelada, comida esquentada no fogão e velas. Espalhavam-se pela casa e, com elas, até foi possível ler alguma coisa. Não eram, porém, a única fonte de luz: aqueles aparelhos que tocam música, tiram foto, entram na internet e ligam para outras pessoas serviu também como fonte de luz.

Com isso, a família reuniu-se em um quarto e dormiu junta, mais por causa das filhas do que outra coisa. Os gatos também se aconchegaram.

Mais cedo, a chuva já havia parado a estrada, instaurado caos em vias de terra e transformado as ruas de asfalto em lamaçal.

Mas, no dia seguinte, tudo voltava ao normal. Com exceção da luz, que só apareceu a tarde, e da lama, que segue até não sei quando.

Ao homem lá de cima, agradeço pela falta de luz e pelas estradas cobertas de lama. Podia ser bem pior.

No team

A não ser que nas próximas 20 e tantas horas alguém encontre uma equipe para ele, Petter Solberg não correrá a primeira etapa do WRC de 2009, que acontecerá na Irlanda, no dia 30 de janeiro. Isso porque as inscrições para a prova encerram-se amanhã, dia 24, e o norueguês ainda não tem nada definido para a próxima temporada.

Alguém aí está disposto a dar esse presente de Natal para a família Solberg?

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

E vamos para o Dakar!

Em janeiro, daqui a menos de duas semanas, começa o Dakar - também conhecido por "Dakar", por começar e acabar em Buenos Aires e não ter Dakar, capital do Senegal, no roteiro.

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Ser na América do Sul tira, sim, um pouco de toda aquela magia que acompanha aquela prova nas últimas três décadas. Mas também faz com que tenhámos um grande número de brasileiros - eram sete motos, um quadri, quatro carros e dois caminhões, mas infelizmente dois motoqueiros (Tagino e Bianchini) não estarão presentes.
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Apesar de ser longe de suas origens, temos 542 competidores, nesta edição. Nas motos, os já tradicionais Despres, Coma, Viladoms, Casteu e Fretgne.
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Nos carros, a Mitsubishi - com Peterhansel/Cottret, Alphand/Picard, Nani Roma/Cruz senra e Masuoka/Maimon - vem com novo carro (ainda não tenho opinião sobre o novo Lancer e a antiga Pajero). Mas, esperem! Quem ficar com saudade do antigo carro, pode vê-lo com a dupla brasileira Guilherme Spinelli e Marcelo Vívolo, pela MMC Brasil. Taí uma boa forma de comparar qual dos dois carros é o mais bonito.
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A Volkswagen entra com quatro duplas: De Villiers (ou gnomo, como vocês preferirem)/Von Zitzewitz - passei o Sertões inteiro escrevendo o sobrenome deste ser e ainda erro a grafia! Quer saber? A partir de hoje, vou chamá-lo de Dirk; Depping (prazer)/Gottschalk - que, também devido à grafia, será chamado de Timo (mas não confunda-o com o Glock!); Miller/Pitchford e Sainz/Perin. Sainz, aliás, ganhou três provas de WRC na Argentina. Só curiosidade.
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Robby Gordon entra na brincadeira com um novo companheiro de equipe: seu pai, Bob, pilotará outro Hummer. Quando eu vi, achei que fosse brincadeira. Robby e Bob, Bob e Robby. Mas não. (Pra quem não lembra, quando Robby correu pela primeira vez no Dakar - 2003 ou 2004, não consigo me lembrar -, veio cheio de "é, eu sou o bom, sou o bom, sou o bom". Aí o cara se acidentou e acabou como piloto de apoio da Jutta. hahaha!)
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Nos caminhões, a cambada soviética formada por Loprais, Chagin e Kabirov está aí. Junto, também, com outros nomes conhecidos da categoria, como De Rooy e Stacey. E Azevedo, claro.
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Ao todo, serão 9.574 km, 5.652 km de especial. De Buenos Aires para Valparaiso, de Valparaiso para Buenos Aires. A cada etapa, o Pitacos estampará o percurso do dia, com quilometragem de especial, deslocamento e características do percurso.

Para quem quer tocer pelos brasileiros, cá está a lista:
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Motos
25 José Hélio Rodrigues Filho
39 Rodolpho Mattheis
58 Antonio Escobar
131 Dimas Mattos
133 Carlos Ambrósio
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Quadriciclo
274 Carlo Collet
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Carros
319 Jean Azevedo / Youssef Haddad
322 Guilherme Spinelli / Marcelo Vívolo
444 Paulo Henrique Pichini / Lourival Roldan
462 Reinaldo Varela / Marcos Macedo
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Caminhões
504 André Azevedo / Maykel Justo / Jaromir Martinec
525 Salvador Serviá Costa / Jadeílson Silva de Araújo / Giovanni Lima Godói
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E para quem não está muito interessado no Dakar, aqui vai uma notícia bastante relevante: o céu está preto pra caramba e eu não trouxe guarda-chuva. Nem casaco. Merda!.
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(A primeira imagem é do Lancer, da Mitsubishi, crédito para raid-live.com; a segunda, o percurso do rally, tirado do site oficial do Dakar. Cliquem para ampliar!)

domingo, 21 de dezembro de 2008

"O mundo é bão, Sebastião!"

Mais um Sebastião quer entrar pra brincadeira. Sebastien Ogier, campeão do JWRC deste ano, correrá as seis primeiras provas da temporada de 2009 pela Citroën. O guri competiu pela equipe no último rally deste ano, na Grã-Bretanha, e de cara conquistou a primeira especial e liderou até a SS5. Mais um nominho para a lista de competidores do ano que vem - que ainda deve incluir Gigi Galli. E mais um Tião que resolveu ser bom nesse negócio de automobilismo.

Sebastien. Meu filho já tem nome.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Tô indo...

... assistir Friends.

Quatro

A semana começou tão bem que, na quarta-feira, a primeira coisa que perguntei ao Pandini foi quem havia saído do WRC naquele dia. "Até agora, ninguém", respondeu-me.

Mas, de lá para cá, Citroën, Ford, Munchi's e, hoje, Stobart, todas reafirmaram o compromisso de continuarem no WRC. A Adapta continua naquele impasse com a Prodrive. Por enquanto, então, temos 4 equipes. Sébastien Loeb, Dani Sordo, Mikko Hirvonen, Jari-Matti Latvala, Frederico Villagra, Matthew Wilson e Mads Ostberg são os pilotos confirmados para 2009 - os três últimos continuam sem parceiros confirmados em suas respectivas equipes.

Ai, ai... às vezes me pergunto: o que será do WRC?

Ele vem!!

Aí eu, já desiludida com o mundo, entro no site e leio: "Central & South American Mini-Tour Announced". Com a emoção, as sinapses demoram e eu fico meio hora tentando lembrar em que parte da América fica o Brasil. South... south... que outros países poderiam tomar o lugar do Brasil no south? Chile, Argentina? Estão lá na lista, ao lado de Mexico e... Brazil!!!

Não entendeu porra nenhuma?

Eu explico novamente: foi em 2005. O filme, Closer. Não importa se ele era bom ou ruim - é excelente, pra quem ficou curioso. O que importa é que aquela voz estava lá, na primeira e na última cena.

Quer saber? Não vou contar a história de novo! Pra entender, clique aqui.

Eu chorei pra cacete. Fiquei feliz pra cacete. Puta que pariu, eu ESTOU feliz pra cacete!

É isso aí, povo. Damien Rice vem pro Brasil.

Estômago não-gaseificado

É tudo culpa da soda italiana. Não, é culpa da mocinha do Pizza Hut. Ou do dono do Pizza Hut, que inventou essa história de colocar soda italiana no restaurante.

Acontece que, certo dia, fui comer no Pizza Hut, pedi a tal da brasileira - naquela época não tinha esse troço de super fatia - e, como sempre, fiquei meia hora pensando no que ia beber. Aí a mocinha - guilty! - perguntou por que eu não pedia a tal da soda italiana. Respondi que não tomava coisa com gás - e não tomava mesmo! Mas ela insistiu e eu vi aquela coisa bonita e cheia de gelo. Pedi uma de tangerina.

Eu acho o seguinte: quando você não toma bebida com gás, seu estômago se acostuma à condição de não-gaseificado. O meu era assim. Por isso, tomei o troço em goles curtinhos. E metade ainda ficou no copo.

Só que eu gostei da brincadeira. E pedi outra vez. E outra. E outra. Nunca mais bebi outra coisa naquele bendito lugar. (Aliás, meia coisa, porque quando passo da metade do copo, meu estômago já está pedindo penico).

Outro dia deu um negócio na minha cabeça e eu tomei uma Coca-cola na hora do almoço. Passei o resto do dia me sentindo mal pra cacete!

Mas a gente aprende? Nãão!

Por isso que acabo de jogar meia latinha de Schweppes na pia. Ai, meu estômago!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Encheu o saco

"Que bonitinho!"

Deve ter sido mais ou menos essa a minha reação quando ouvi, pela primeira vez, Mallu Magalhães. É inegável que suas musiquinhas são fofas, doces, e gostosas de serem ouvidas. Mas daí a tudo que está acontecendo?

Para quem vive no mundo da lua nos últimos meses, vou explicar rapidamente: Mallu Magalhães, nascida Maria Luíza, lançou meia dúzia de músicas na internet, disse que tinha influência de Johnny Cash e Bob Dylan e pronto! Virou o hype da temporada. "Tchubaruba" virou hit. Coisa que não aconteceu com "Get to Denmark", que eu achei muito mais legal, mas não importa.

Há poucos meses, a guria - esqueci de falar: ela tem 16, igual ao João Alberto, que era o maioral, um cara legal, tinha um Opala metálico azul e era o rei dos pegas na asa sul - lançou seu primeiro CD. A capa é fofa, igual às músicas iniciais, igual a ela. Comprei e gostei do sonzinho. Diferente daquelas músicas que estavam na internet - que também se encontram no disco -, continuando naquele ritmo meio folk. Gostei, principalmente, da melodia das últimas músicas, que me lembraram um pouco o Damien Rice. No geral, aliás, todas as faixas são gostosinhas. Não curti "You know you've got", é um saco. As rimas são um saco - aliás, putaquepariu, qualquer palavra que soa como shoe ela rima com blues! Cacete! - e a pronúncia dela não convence - ruou? Seria world?

Acontece que, por mais que eu tenha o CD e ouça de vez em quando, Mallu Magalhães encheu demais! Cansei de ouvir falar sobre ela aqui, ali, acolá! É chato pra cacete! Principalmente porque, pelo que parece, ela parece ser muito mais mais daquelas atitudes "vamos dizer não ao sistema" do que cantora. Quer dizer, ela teria mesmo conquistado adeptos Brasil afora se não falasse que tem influência de Johnny Cash e Bob Dylan? (não, eu só achei bonitinho, mesmo). Imagino que meio mundo vai falar "Uau" quando ler o que ela falou na Rolling Stone deste mês.

(RS: Você está em semana de provas na escola?
MM: Foi semana passada, só que não consegui fazer algumas. A de química, deixei em brnco. Fiz um desenho conceitual, daí tirei zero. A de física, eu nem tentei, só escrevi um poema. Daí eu falei pro professor que não estava conseguindo fazer, que não tive tempo de estudar e estou com dificuldades em lidar com a pressão das provas. Meu sangue está realmente desinteressado. Minha memória é muito seletiva, minha cabeça é voltada para outros pensamentos, e não para conceitos impostos. E estou com dificuldade em lidar com o elemento autoridade).

Eu achei uma merda. Mas muita gente vai achar fantástico, menina cabeça pra caramba. Não acho que isso seja cabeça. Pode ser imaturidade, não saber lidar com toda essa história de conciliar fama e escola. Mas nada cabeça. "Desenho conceitual" porque a "cabeça é voltada para outros pensamentos, e não para conceitos impostos"? Blá, blá. Santa paciência!

Então, é isso: Mallu Magalhães é fofinha. Suas músicas são gostosinhas. Mas ela é um saco total.

Eu assisto e pronto

Sim, eu tenho o box com todas as dez temporadas do Friends. E, sim, eu já assisti à dez temporadas inteiras. Algumas, uma vez. Outras, duas. Três, quatro. Cinco.

O que importa é que 20h é horário sagrado. Pois é... eu não me contento em poder assistir aos episódios que eu quiser e quando eu quiser. Eu tenho que sentar na frente da TV às oito da noite para assistir Friends. E não é só isso: eu rio. Sim, rio! Rio das mesmas piadas que já ouvi duzentas vezes. Choro de rir, às vezes.

Patético, eu sei. Foda-se.

(Eu sei o que você está pensando agora: "ela não atualizou o blog antes porque estava assistindo Friends. E estava mesmo, tá bom?)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Cansei

Eu estava marcando os posts do blog. Cansei.
Eu ia colocar as fotos da viagem no álbum. Cansei.
Eu ia passar um CD pra MP3. Cansei.
Eu ia assistir a um filme. Cansei.
Eu ia postar aqui. Quase cansei.

Ufa! João Doria Jr. e Luiz Flávio D'Urso já podem contar comigo naquela brincadeirinha deles.

A saída da Subaru (2)

Aos fatos:

A Prodrive atuaria como uma segunda equipe da Subaru - mesmo esquema da Stobart e Ford. Com a saída da marca japonesa, a equipe ficou um pouco desamparada. Para correr entre os construtores, contaria com a ajuda da Prodrive. Caso isso não aconteça, provavelmente correrão apenas com Mads Ostberg. Caso consigam o apoio de David Richards, pode ser a salvação para Chris Atkinson e/ou Petter Solberg - o campeão mundial já anunciou que está junto com a Prodrive e a Subaru para encontrar uma solução. O que me leva a pensar uma coisa: a Apdata, equipe norueguesa, terá Morten Ostberg, norueguês, no comando, Ostberg jr., norueguês, em um dos carros, e Solberg, norueguês, no outro. Ui, imagina se a moda pega?

E Gronholm, que estava na dúvida se aceitava ou não o convite da Subaru para guiar um carro no ano que vem? Bom... creio que ele não vai precisar pensar muito na resposta.

A saída da Subaru

Verdade seja dita, a Subaru tinha motivos para dizer sayonara ao WRC. Depois do começo do domínio de Sébastien Loeb, vinha rolando ladeira abaixo. Verdade é, também, que David Richards já havia confirmado que o novo carro, S15, iria estrear cedo na temporada de 2009.

Chocou. Muito. Porque a Subaru era a equipe mais tradicional do WRC atual. Era a primeira equipe que vinha na cabeça quando se falava em Mundial de Rally. É a Subaru dos finados Richard Burns e Collin McRae e do semi-morto Petter Solberg. Em meu imaginário, era a marca suprema: no dia em que eu tivesse um Subaru Impreza WRX, não era necessário qualquer outro carro. Tudo porque só a Subaru conseguia me transportar de tal maneira às pistas mundiais.

Cabe pensar por que essa saída em bando do automobilismo. A Audi é exceção, mas as outras três - Honda, Suzuki e Subaru -, além da coincidência (?) de serem japonesas, não tinham resultado expressivo em suas categorias. A crise, então, poderia ser um bode expiatório. Para a Honda, claro, sair da Fórmula 1 foi uma economia monstra: ela gastava os tubos na equipe. Mas no WRC, a coisa é diferente. Primeiro, o dinheiro gasto é menor; segundo, o campeonato funciona muito mais como um desenvolvimento dos carros do que a Fórmula 1; terceiro, existe uma identificação com os veículos muito maior.

Portanto, valeria mesmo a pena sair do campeonato por causa da crise? Ou ela seria apenas uma desculpa?

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Mais uma

Eu perguntei, lá atrás, quando o WRC começaria a ser afetado pela crise. Hond caiu fora da F1, Audi disse adeus à Le Mans Series e à ALMS. E hoje a Suzuki said goodbye para o Mundial de Rally.

Que fique só nisso. A Suzuki, convenhamos, não foi lá um grande destaque do campeonato deste ano. Teve Per-Gunnar Anderson e Toni Gardemeister e seus melhores resultados foram dois quintos, com PG, nas duas últimas provas. Podia, sim, significar alguma coisa, já que foi seu primeiro ano no Mundial - ela vinha de triunfos no J-WRC, incluindo o campeonato do ano passado, que ganhou exatamente com PG. Foi uma brincadeira da montadora, como disse Flavio Gomes. Mas não acho que é motivo de crise - trocadalho do carilho, eu sei.

Fora ela, nenhuma das outras quatro equipes sinalizou qualquer coisa. Fui atrás até de ver se a Adapta realmente correria como segunda equipe da Subaru e não encontrei nada que negasse essa informação. Mads Ostberg será um dos pilotos da equipe - ela será comandada por seu pai, Morten Ostberg. O garoto foi campeão do norueguês de rally de 2007 e 2008 - garoto, ele é UM ano mais velho que eu! O segundo piloto parece que ainda não está confirmado, mas cruzo os dedos para que seja o jovem Mikelsen.

Espero que fiquei por aí. Não quero mais nenhuma baixa no WRC.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A escolha de Sébastien

Resolvi pôr meu francês em ação. Comecei por pronunciar o nome do jornal - Libération - maravilhosamente bem (creio que está entre a pronúncia em inglês e a em espanhol).

Tudo isso porque li no Tazio, anteontem, que Loeb - sim! Loeb, o muso oficial deste blog! - poderia partir para a F1 em 2010. Cá, que, cumá?

Resolvi ir ao cerne da questão. Entrei no site do bendito jornal e flanei pelas páginas na língua de Napoleão. Taquei em um tradutor on line - esses que só complicam as coisas - e fui lendo a entrevista - para quem quiser, clique here.

Não é segredo nenhum que Seb está descontente com as mudanças no regulamento do WRC - a esta hora, por exemplo, deve estar xingando os caras da FIA por decidirem pelos carros com especificações dos S2000. Junte isso a toda história da limitação de pneus (que gerou revolta ainda maior por parte do francês após o rally da GB) e voilà!

Cheguei à seguinte conclusão: próximo ano será uma temporada no estilo "ou vai ou racha" para Sébastien. Seu contrato com a Citroën acaba em 2009, e ele usará este tempo para medir as coisas. Vale a pena ficar nesta categoria? Que ele será campeão, não tenho dúvidas. Mas, e depois?

Acho que, se ele deixar de ver emoção em pilotar, pára com o mundial. Sébastien gosta do que faz, e, para um piloto, estar em um carro que não tenha graça enfrentar é exatamente isso - não tem graça. E Loeb não parece ser do tipo que correria se não tivesse graça. Além do mais, sendo o bom piloto que é, conseguiria vaga em outras categorias do automobilismo - não acho, porém, que seria na F1; ele terá 36 anos em 2010 e, sorry, mas a categoria hoje em dia está cada vez mais nova. Se entrasse, seria em uma equipe mediana, e aí esbarraríamos no mesmo problema: ele encontraria tesão em pilotar?

Não, o futuro dele não será na Fórmula 1. No WRC? Não boto minha mão no fogo.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

E Loeb cortou

Sébastien Loeb enfim se rendeu à pressão de Morrie Chandler, presidente do WRC, e Surinder Thatti, dirigente da Confederação dos Países Africanos no Automobilismo. Em junho, esses dois seres - invejosos, só pode ser - entraram em campanha para que o pentacampeão mais lindo que já existiu cortasse o cabelo.




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(clique nas fotos para ampliar)
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Como vocês podem ver, nosso muso está com algumas madeixas a menos. É uma pena, mas não importa muito: não existe jeito desse cara ficar feio. Só um pouco menos maravilhoso.
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(fotos from Tazio)

As lições do orkut


Orkut. Sempre colaborando para a educação das pessoas!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Diálogo

- O Corinthians tá subindo e contrata um jogador que está em decadência?

- É, aí eles se encontram no meio do caminho.

- Mas quem será que vai ser puxado? O Ronaldo para cima ou o Corinthians para baixo?

- Ah, pára de agourar, vai!

(Agora o Corinthians tem um time de peso)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Uma pergunta

Como a Subaru conquista quatro pódios em seis corridas e, já com o Impreza WRC2008, faz dois em nove?

AQUELES dias

Não existe coisa boa em ficar menstruada. E nem vem com aquela história de que é por que as mulheres tem o dom de gerar a vida, e blá, e blá, e blá. Esse lenga-lenga não me engana. Quer dizer que pelo simples fato de um dia, quem sabe!, eu possa ter um filho, eu tenho que ficar sangrando uns quatro dias por mês? Faça-me o favor...

Os comerciais de absorvente sempre foram um tanto surreais nesse aspecto. Até hoje. Acabo de ver uma propaganda de uma marca que questiona exatamente dois pontos super imaginários desses anúncios - são três perguntas, na verdade, mas a segunda é sobre o líquido azul, o que não vem ao caso.

1 - Por que as marcas de absorvente insistem em mostrar a moçoila usando calça branca nesse período?
2 - Por que acham que a mulher, nesses dias, vai estar pulando feito uma gazela saltitante?

Publicitariamente essas questões tem explicação, creio eu. Mas são fatos totalmente fantasiosos!

Como uma mulher vai andar de calça branca quando está menstruada? Impossível! Imagina você ficar com uma espécie de bandeira do Japão na bunda? No way! (se você é mulher, entrou nesse blog e é uma das exceções que comprovam a regra, please, leave a comment e explique como você consegue, fofa.)

Primeira questão resolvida.

Agora, me diz... que mulher, quando está menstruada, sente-se com pique para ir pra academia, trabalhar, ir pra balada e pans? A primeira coisa que faço no primeiro dia é ver se é sexta-feira - e normalmente é, thank you, Schering! Se não for, putaquepariu! A única coisa que você tem a fazer é se resignar e ir para a luta. Ô, saco! É horrível. Você passa o dia inteiro desejando chegar em casa e se trancar. Agora, se o fim-de-semana estiver chegando, já dá pra fazer isso! Aí é só trancar a porta do quarto e passar o dia ali.

Por isso, sem esse mundo fantástico das propagandas de absorvente. Acho que todos devem aderir a essa onda de anúncios verdadeiros, com fez essa marca.

Só não consigo entender uma coisa... qual é a utilidade de abas transparentes?

domingo, 7 de dezembro de 2008

Fim

E acabou a temporada de 2008 do WRC. Com mais uma vitória de Sebastien Loeb, ÓBVIO! O francês levou uma penal de 10 segundos, mas mesmo assim terminou o Rally da Grã-Bretanha 2.7s à frente de Jari-Matti Latvala - depois, a organização chegou à conclusão de que o francês não havia largado mais cedo e tirou a penalidade.

Foram onze vitórias na temporada, quebra do recorde, também estabelecido por ele. Re-afrimação da genialidade da parceria Loeb/Elena/Citroën.

Mas, apesar no resultado previsível, não foi uma temporada "relax". Por isso acho que ano que vem promete. A supremacia desse trio não cairá, mas vai ser difícil fazer onze vitórias - ainda mais porque a próxima temporada só terá doze provas.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

E o colírio?

"O pior dessa história toda é que o Button pode não estar na Fórmula 1 ano que vem!"

Graças a Deus a Toro Rosso parece ter notado esse absurdo: o Grande Prêmio informa que Button pode treinar pela equipe ainda neste ano.

Então um dos maiores colírios da Fórmula 1 ainda não está fora do páreo!

Eu sei...

... que a saída da Honda na F-1 é uma coisa séria no automobilismo (e no mundo, economicamente falando), mas ela não deixou as homes do Grande Prêmio e do Tazio mais bonitas?

Pitaco reflexisivo pós-Honda

O site Gran Prix fez uma análise da situação econômica de Toyota, BMW, Mercedes, Ferrari e Renault. A primeira teve queda de 34% das vendas nos EUA. A segunda, 26,7%. Terceira, 30%.

Mas não é só isso. A Audi anunciou hoje que não correrá na American Le Mans Series nem na Le Mans Series. Continuará apenas nas 12 horas de Sebring e nas 24 horas de Le Mans (ufa!).

A indústria automobilística está sofrendo forte com a crise. A essência do automobilismo é o carro.

Ficam três perguntas:

Quanto o WRC vai sofrer com a crise?
E o automobilismo brasileiro, que já vai mal das pernas?
Se a Honda está em um processo forte de redução de custos, o que será da Indy??????

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

E agora?

Victor Martins, Bruno Vicaria, Flavio Gomes, Fábio Seixas, Marcus Lellis, Rodrigo Mattar. Uma parcela pequena de pessoas que estão com dedos em posição de ataque, olhos e ouvidos atentos ao medor ruído, músculos tensos e que dormirão pra lá da meia-noite.

"É tipo quando um presidente renuncia", foram as palavras do colega Andrei, do Tazio.

Mas janelas não pipocaram no msn, Damien Rice não tocou feito louco no celular, o trim do telefone não se fez ouvir. As ruas não foram tomadas por uma multidão sem rumo.

Dará meia-noite e meia e os caras citados lá no começo estarão na frente do computador, a espera do veredicto final. E quando ele vier, questionarão o que acontecerá agora, qual será o futuro. Porque isso pode ser apenas o começo, a ponta do iceberg.

Mas o mundo não grita, não especula, não se preocupa.

Não se preocupa porque, para muitos, não faz a mínima diferença se a Honda fica ou não. Para outro, é uma pequena tristeza porque Bruno Senna era cotado para uma vaga, é chacota porque Rubens Barrichello ficará a pé, mas é apenas isso.

Para outros, é o alarme de que dias difíceis virão na Fórmula-1.

Mas nada parou por causa disso.

Fui atrás de algumas pessoas pra falar do rally. Onde entra o off-road nessa parada. "Olha, até o momento não tem tantas especulações", disse-me alguém. "Eu acho que o rally se adaptou melhor à redução de custos que a Fórmula 1".

E se for um efeito dominó? Cai um, cai outro, e outro, e outro?

E agora? E, o que mais rondou a minha cabeça, o que seria da gente?

Nada. Migraríamos do automobilismo para outro meio. Não falo de fãs, torcedores, ou outra coisa assim. Falo daquela lista inicial, que dormirá depois da meia-noite, que criará especulações a respeito do futuro da F-1, do automobilismo geral.

Migraríamos porque, afinal, não vivemos para o automobilismo. Somos jornalistas, seja nas pistas ou em qualquer outro lugar. Seguiríamos com nosso trabalho em outra área, nos envolveríamos com outros assuntos.

Seria, sim, bem triste. Mas não seria o fim do mundo. Não seria o fim de nós, nós continuaríamos a existir na guerra, nos problemas da cidade, na ciência, na cultura, na economia, em tudo.

E não apenas como profissionais. Não acabaríamos como pessoas. Ficaríamos desnorteados, aquela coisa de "e agora?", mas continuaríamos vivos, batalhando.

A Honda pode sair da Fórmula 1. Podemos passar a noite em claro esperando mais notícias. Pode ser o prenúncio de que entraremos em época de vacas magras. Mas não vai acabar. E não por um ideal romântico do esporte e blá. Conversa para boi dormir. Isso, como muitas coisas no mundo, gira em torno do financeiro. E se uns caem no prejuízo, outros continuam lucrando. E, enquanto houver lucro, não acaba.

Mas, e se acabasse? E se não existisse mais a F1, o WRC, Le Mans, Indy, nada?



O automobilismo não é tudo. Aliás, é muito menos do que acha que é.

Trabalho de formiga também serve (2)

Éramos dezesseis pessoas. Das onze da manhã às quatro da tarde éramos daquelas 69 crianças, uma média de seis por pessoa. E andamos em trilha, pulamos amarelinha, almoçamos, pintamos unha, brincamos de massinha. No fim, é o que elas mais querem: alguém que dê atenção, que estique a mão para andar por aí, que pule, dance, ria. E foi com beijos e abraços bem apertados que nos despedimos da criançada do Lar do Caminho.

Histórias como as de Santa Catarina causam uma comoção sem tamanho nas pessoas. Todos param para colocar alguma coisinha pelas milhares de caixas espalhdas pelo Brasil. Mas, quando tudo isso acaba, esquecem-se que não são só os catarinenses que precisam de ajuda. Ali do lado, bem mais perto do que Itajaí, existem crianças que precisam de ajuda. Ou animais. Ou velhinhos. Eles passam despercebidos naquela onda de solidariedade para com os grandes desastres. E continuam anônimos nos tempos seguintes. Não aparecem na televisão, mas suas casa podem estar tão destruídas quanto as daquelas pessoas na enchente. Muitas vezes, nem casas têm. Não estão sujeitos à leptospirose - será? -, mas muitas outras doenças estão de olho neles.

Não é só Santa Catarina que precisa de ajuda. Pelo Brasil, ao lado das caixas de donativos, às vezes existe uma pessoa que precisa muito mais daquilo. E ninguém está disposto a doar uma mísera garrafa de água a ela.

Doe o que você puder. Dinheiro, comida, roupa, tempo. Às vezes apenas o seu tempo já faz uma grande diferença. No Lar, por exemplo, é o que as crianças mais querem. Alguém que passe algumas horinhas para brincar.

Então, galera, quando acabar a história de Santa Catarina - e por que esperar acabar? - vamos olhar para o nosso lado, só uma viradinha de cabeça, e esticar a mão. Não precisa ser muito. Só precisa ser com carinho. Lembrem-se: trabalho de formiga dá uma ajuda danada.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

No gol

Um dos grandes orgulhos da minha vida é vestir a camisa 1. Já falei dessa historinha aqui, quando fui convidada para jogar um campeonato. Não ganhamos, mas isso não importa muito.

O fato é que jogar nessa posição tão desprezada me deixa de peito inflado. Modesta parte, ser goleiro não é para qualquer um. Nas raras vezes em que assisto a um jogo de futebol, torço mais para o goleiro do que qualquer outra coisa. Não importa se for a final de um campeonato, São Paulo X Corinthians. Se o Felipe (é esse o nome do mocinho corintiano, certo?) fizer uma defesa espetacular, vou vibrar mais do que se algum sãopaulino balançar a rede. Não é questão de virar a casaca: levo o amor por esse posto acima de qualquer time.

Pois saiu no UOL que Iker Casillas, um dos ídolos dessa blogueira, recusou uma oferta milionária: o Manchester City ofereceu um salário anual de 13 milhões de euros e 150 milhões pelo passe do jogador. De acordo com o site, essa proposta "bate todos os recordes existentes no mundo do futebol". (A matéria está aqui, para o deleite da galera)

150 milhões de euros por um goleiro. A gente é foda demais.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Não veja

Rola até uma certa ansiedade: "o que será que a Veja vai colocar como matéria de capa nesta semana?"

Não que ache que alguma edição vá superar aquela. Qual? Aquela em que o Tio Sam segura umas notas de dólar, aponta para o leitor e que tem a frase "Eu salvei você!" escrita bem grande, em letras maiúsculas. Aquela que também gerou uma das capas mais fantásticas da CartaCapital, com o mesmo Tio Sam segurando as notas, em chamas, e a frase "Ele não salva ninguém" escrita bem grande, em letras maiúsculas.

Capa que não só mostra quão tendenciosa é Veja, mas que também deixa claro que, para muitos, a revista virou motivo de piada.

Podia não ser assim. Podia ser uma revista séria, com matérias boas e sem Che Guevara cheirando a porco. Assim merecia ser a revista com maior vendagem no Brasil.

Mas não. Prefere estampar em sua capa a foto de uma criança morta nos desabamentos de Santa Catarina. Prefere mergulhar nesse sensacionalismo tosco e ridículo.

"Indispensável"? Nada. A Mad voltou ao Brasil.