terça-feira, 1 de julho de 2008

Ah, Natal...

Sempre falaram para mim que Natal era uma cidade linda. Pelo pouco que conhecia do Nordeste, não duvidava.

Voar de avião é uma droga. Tinha levado um livro e duas revistas, mas na terceira hora já imaginava como ia agüentar ir pra Miami. O vôo pelo menos era TAM. Quando você passa um ano viajando de Gol, aprende que comida de avião realmente pode ser boa - e seria esse o caso, não fosse o mês junino. Ai, como eu odeio cachorro quente...

Cheguei no hotel já saíndo. Larguei minhas malas no quarto e corri - quer dizer, o táxi correu - para o local da chegada. Afinal, a desculpa pra estar lá não era a chegada do Sertões?

Zé Hélio saiu vencedor - provavelmente vocês já sabem disso. Chamou Cyril Despres de desprezível e nojento - se vocês leram o Tazio provavelmente sabem disso.

Eu estava ali do lado na hora do "no te felicito". Ouvi cada palavra do francês. Mas a "resposta" de Zé Hélio não foi muito legal. Quer dizer, levou o povo à loucura, na hora. Mas, sei lá... Cyril não é o cara mais simpático do mundo, depois de algum tempo você aprende isso. E o cara estava putito por causa dos cinco minutos de penalidade - veio se fazer de injustiçado quando conversamos. Cara, perdeu, perdeu, oras bolas!

De Villiers parece um gnomo. Pude confirmar essa suspeita que tinha. Não é nada com intuito de onfender. É que o cara REALMENTE parece um duendinho. Caso Xuxa o conhecesse quando gravou aquele tal filme, com certeza iria chamá-lo para fazer parte do elenco.

Mas o cara estava feliz. Aliás, a Volkswagen inteira estava absurdamente feliz. No sábado, durante a festa, metade da pista da área VIP - sim, resolveram dividir o local, fornecendo às Very Important People comes e bebes for free. Não adiantou nada, vi um monte de gente fazendo contrabando para o outro lado. O preço da bebida eu não sabia, mas devia ser algo absurdo. Sempre é um absurdo.

Mas o que eu dizia?

Ah, sim... então a gringaiada ocupava metade da pista. Era até divertido ver aquele bando de camisas azuis - Volks - e laranjas - KTM - dançando com copos de caipirinha - sempre ela - nas mãos.

Mas foi meio miada, a festa. Assim que acabou a premiação, a high society de Natal começou a encher o espaço, enquanto a galera do rally ia se dissipando. Saí um pouco depois que a banda começou a tocar, com a cabeça ainda mergulhada nos bpm do tecno.

Natal, eu falava, é realmente uma cidade linda. O sábado foi passado pelo litoral sul,passeando por praias lindas até chegar a Pipa. Depois de um almoça a base de peixe e camarão - como comi camarão nesses dias! - fomos para as dunas de Búzios. Além do buggy, andei pela areia a bordo do Touajegue - conhecido também como Sherpa. No volante estava Riamburgo Ximenes, um piloto internacionalmente desconhecido.

O domingo foi mais light, com uma ida até Redinha e um passeio pelo Shopping de Artesanato Potiguar. Nesse dia, acordei tarde pra caramba, perdi o café-da-manhã, fiz uma bolha no pé por causa da caminhada pela orla da praia e acabei comendo no bar da piscina, já passando da uma da tarde.

Na verdade, não deu pra conhecer muito de Natal. Para isso, crieo eu, precisava de mais algum tempo lá. Pra realmente parar nos lugares, explorar, conhecer.

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