domingo, 8 de junho de 2008

O copo vazou

Aconteceu na sexta, na verdade. A sexta em que eu estava julgando jumenta a pessoa que inventou de colocar sal a redor da Margarita, comendo comida mexicana feito uma porca (não que eu tenha achado deliciosa mas, como mágica, os pratos chegavam!) e rindo feito uma boba.

No sábado, visto que estava na casa da Lívia e da Letícia, não vi o jornal. Por isso só parei para pensar no caso hoje, domingo, onze horas da noite.

Não sou uma conhecedora mor de MotoGP. Mas o que aconteceu com Lorenzo na sexta não foi um fato isolado.

Sensação do ano, Jorge Lorenzo, 21 aninhos, conquistou pódio nas duas primeiras provas na categoria, ganhou a terceira. Um Lewis Hamilton das motos, pode-se dizer. O caminho para o que aconteceu na sexta-feira começou na China.

O vi como um herói. Não só eu, acho que boa parte das pessoas. Lorenzo caiu no treino e quebrou o tornozelo. No dia seguinte, correu com um imobilizado e outro envolto em uma tala. Chegou em quarto. Deixou até o italiano Valentino Rossi, que levava sua primeira vitória no ano, apagado. Ao chegar em seu país, o jovem espanhol descobriu que os dois pés estavam machucados. Até aí, cinco de maio.

Por experiência própria, aprendi que passa-se pelo menos quinze dias com o tornozelo imobilizado. Era dia 17 de maio (com variação para um dia a menos) quando Lorenzo sofreu suas segunda e terceira quedas. Foi na França, Le Mans. Correu e chegou em segundo.

Na Itália, terceira vitória de Rossi seguida, agora em casa. Lorenzo cai, novamente.

Do primeiro acidente para cá, um pouco mais de um mês. Quatro provas. Cinco quedas. O corpo humano, é uma pena, ainda não é indestrutível.

Ainda era treino livre quando a sensação do ano caiu, em Barcelona. Perdeu a consciência, machucou dois dedos, o tornozelo esquerdo e alguns hematomas. Ficou sob observação. Em casa, não correu. O vencedor foi Pedrosa.

Faltam 14 dias para a próxima prova, na Grã-Bretanha. Duas semanas. Lorenzo, não duvido nada, irá correr. Se cair de novo, podem apostar: não será uma coisa leve.

Um comentário:

Daniel Médici disse...

"Eu tenho dó é da mãe dele", diria minha mãe, caso acompanhasse MotoGP.