sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Faap in London

Dentre as coisas muito úteis para se fazer em uma sexta a tarde, optei por assistir um filme com as irmãs Olsen. Aquelas mesmo, que fizeram metade dos seriados americanos que já passaram no SBT. Nesse filme em especial, as irmãs iam para Londres participar de uma simulação da ONU. E enquanto o filme ia passando, minha cabeça viajava para a Faap.

Ano passado participei do II Fórum Faap de Discussão Estudantil. Funciona assim: juntamos um grupo e nos inscrevemos. Na inscrição, escolhemos um país de cada continente para representar. A Faap que dá o veredicto final. Meu grupo pegou a Nigéria.

Cada país possui delegados em alguns comitês. A Nigéria estava no Comitê de Direitos Humanos, na Organização Mundial do Comércio, ECOFIN e CE. Fui escalada para o CDH, cujo tema era "terrorismo e direitos humanos".

Passamos mais ou menos um mês pesquisando sobre aquele país africano. Perdemos aulas e mais aulas (não que o fato de estarmos presentes na sala mudasse algo). Entramos no site da ONU, da Humans Right Watch, qualquer coisa que pudesse nos dar alguma luz.

Minha participação não foi das maiores. Fiz parte do grupo que definiu o que era terrorismo, me juntei aos outros países africanos para conseguirmos verba no combate ao terrorismo. Mas passei bons momentos naquele lugar.

Já no primeiro dia nos deparamos com Cláudio Lembo. Descobrimos que o cara não tem queixo e que nunca se deve sentar na primeira fileira enquanto ele estiver falando. No CDH, nada era normal. Na apresentação od comitê, Bino tirou uma viola e começou a tocarm (enquanto isso, a OMC discutia sobre o aborto). Enquanto o CS entrava em crise (ninguém entra, ninguém sai) devido a um ataque ocorrido no chifre da África, nós ficamos um pouco decepcionados ao descobrirmos que podíamos andar tranqüilamente pelo corredor (nunca vou me esquecer de uma delegada correndo en direção ao banheiro e gritando "meu Deus, nós vamos entrar em crise!").

No último dia, ainda consegui cair de cara no chão (meu salto prendeu na mesa). Foram quatro dias de plaquinhas levantadas, conversas em frente à Kopenhagen (como se escreve isso?), jantares no The Fifities, Coffee Breaks, reuniões, moções, e no final de tudo, não sabíamos o nome de ninguém (era Nigéria, Quênia, Zimbábue, Congo - e isso para citar apenas os africanos!).

E mesmo não sendo a minha área, posso dizer que os dias que passei na Faap foram essenciais na minha vida.

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